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Após afogamento do filho, mãe redobra cuidados em piscina: 'Cada segundo faz diferença', alertam bombeiros


Bebê conseguiu passar pelo portão de proteção da piscina e se afogou na casa dos avós em Araçatuba (SP).

Arquivo pessoal

O bebê de um ano que se afogou na piscina da casa dos avós, no bairro Jussara, em Araçatuba (SP), no dia 30 de julho, se recuperou e voltou para casa. Henry caiu na água em um momento em que o portão de proteção estava apenas encostado.

Ele foi retirado do fundo da piscina pelo pai, enquanto a mãe fez manobras de salvamento antes de levá-lo ao Corpo de Bombeiros, que fica próximo ao local. A criança chegou à base em parada cardíaca, mas foi reanimada e levada à Santa Casa.

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Atualmente, apesar da recuperação física, a mãe, Rafaela da Silva Carretero, de 21 anos, afirma que o medo de a situação se repetir persiste, uma vez que, além de Henry, tem outra filha de quatro anos.

"Não consigo viver tranquila. Tudo eu acho que vai acontecer novamente. Tenho medo até de eles chegarem perto da piscina e aprenderem a destravar a grade", diz.

Um dos profissionais envolvidos no resgate é um bombeiro veterano de 60 anos, que fez as manobras de reanimação

Reprodução/Corpo de Bombeiros de Araçatuba

No dia do acidente, segundo a Santa Casa, a rápida reação da família, a proximidade do Corpo de Bombeiros e o pouco tempo submerso foram decisivos para a sobrevivência sem sequelas aparentes.

Rafaela conta que, desde então, a rotina mudou: ela verifica diariamente se o portão da piscina está trancado, evita deixar as crianças sozinhas no quintal e reforça para todos os familiares a importância da supervisão constante.

"Agora eu olho todos os dias para confirmar que está trancada. Não deixo nem chegar perto", afirma.

A mãe relembra que o momento mais emocionante foi ver o filho voltar a correr e brincar pela casa após a alta (assista ao vídeo abaixo). "Foi um milagre. Serei grata eternamente aos bombeiros e a Deus. Eles foram rápidos demais, e isso salvou a vida do meu filho", completa.

Após afogamento e parada respiratória, bebê de um ano se recupera em Araçatuba

⚠️ Prevenção e primeiros socorros

O tenente Marcus Vinícius de Oliveira Barbosa, do Corpo de Bombeiros, reforça que a supervisão constante é a principal forma de prevenção.

"É imprescindível que o adulto acompanhe a criança na área da piscina. Se houver piscina em casa, o ideal é instalar proteção com gradeado ou barreiras que impeçam o acesso sem um adulto", orienta.

Em caso de acidente, a recomendação é agir rápido: retirar a criança da água, ligar para o 193 e seguir as orientações do atendente enquanto a equipe de resgate se desloca.

"Os atendentes são treinados para passar as instruções de primeiros socorros pelo telefone. Cada segundo faz diferença", alerta o tenente.

Segundo a Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), o afogamento é a segunda principal causa de morte acidental de crianças de um a quatro anos no Brasil, e a maior parte ocorre em residências.

De acordo com os bombeiros, a piscina é um dos lugares que mais merecem atenção quando houver crianças por perto

Reprodução/TV TEM

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