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Hacker brasileiro é condenado a 9 anos de prisão por invadir e-mail e redes sociais de ex-prefeito de Araçatuba


Hacker brasileiro é condenado por invadir dispositivos de ex-prefeito de Araçatuba

Um hacker brasileiro, que morou em Araçatuba (SP), foi condenado a nove anos e três meses de prisão por invadir dispositivos eletrônicos e praticar extorsão. Entre as vítimas estão o ex-prefeito de Araçatuba, Dilador Borges (PSDB), e a esposa dele, Deomerce Damasceno. Cabe recurso.

O réu Patrick César da Silva Brito foi preso em 23 de dezembro de 2022 na região de Belgrado, capital da Sérvia, país onde mora atualmente.

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Em nota à TV TEM, a defesa de Brito expressou insatisfação com a sentença em primeira instância que o condenou. Por sua vez, o ex-prefeito de Araçatuba disse que recebeu a decisão com tranquilidade, reiterando que sempre confiou no poder judiciário.

Desde sua prisão, Patrick trava uma batalha com a República da Sérvia para evitar sua extradição ao país de origem.

Conforme o processo, o hacker invadiu os dispositivos eletrônicos do casal e exigiu uma recompensa financeira. Ele ameaçava as vítimas dizendo que divulgaria informações pessoais que poderiam comprometê-las publicamente.

Desde maio de 2022, a Justiça brasileira já havia decretado a prisão preventiva do réu e expedido o pedido à Interpol.

Após ser preso, o brasileiro entrou com uma solicitação de refúgio, alegando que, se retornasse ao Brasil, poderia ser perseguido. Todavia, o recurso foi negado pela Justiça da Sérvia. Mesmo assim, o acusado tem usado de outras manobras judiciais para tentar permanecer no país vizinho.

Hacker Patrick César da Silva Brito, de Araçatuba (SP), vive na Sérvia

Reprodução

Atualmente, o caso está no Ministério da Justiça da Sérvia, que decidirá se atende à solicitação da Justiça brasileira. O processo criminal envolvendo Brito tramitava na 1ª Vara Criminal de Araçatuba. Nele, a defesa do hacker havia pedido por sua absolvição, alegando falta de provas relacionadas ao crime. O Ministério Público de São Paulo já tinha reiterado o pedido de condenação do réu.

Investigação

O hacker passou a ser investigado depois que o e-mail de Dilador Borges foi invadido, em dezembro de 2020. Na ocasião, as redes sociais da ex-primeira-dama, Deomerce Damasceno, também foram invadidas.

Em seguida, a família recebeu mensagens que exigiam R$ 70 mil para que não fossem divulgadas informações falsas que poderiam prejudicar o ex-prefeito.

Segundo a Polícia Civil, Patrick foi identificado na investigação, localizado e confessou a invasão das contas do ex-prefeito e da ex-primeira-dama. Ele foi ouvido e liberado, mas o inquérito foi relatado à Justiça. O hacker passou a ser réu no processo e se mudou para a Sérvia.

A polícia já havia representado pela prisão de Patrick, mas há outros inquéritos que correm à Central de Polícia Judiciária.

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