Israel derruba arranha-céu, o 4º edifício do tipo em um intervalo de 4 dias, na Cidade de Gaza em 8 de setembro de 2025.
Reuters
Israel derrubou nesta segunda-feira (8) um arranha-céu de 12 andares no centro da Cidade de Gaza, o 4º prédio do tipo destruído pelo 4º dia seguido na Faixa de Gaza. O bombardeio ocorreu após o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, ter prometido que "uma enorme tempestade de furacão" atingiria a cidade hoje.
O prédio era conhecido como Al-Roya 2, onde dezenas de famílias deslocadas pela guerra estavam abrigadas. O Exército israelense confirmou o bombardeio, ocorrido três horas após ter ordenado a evacuação do edifício e de centenas de tendas na área ao redor do local.
✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp
"Hoje uma enorme tempestade de furacão atingirá os céus da cidade de Gaza, e os telhados das torres do terror tremerão. Este é o último aviso para os assassinos e estupradores do Hamas em Gaza e nos hotéis de luxo no exterior: libertem os reféns e depõem as armas — ou Gaza será destruída e vocês serão aniquilados. Israel continua conforme planejado — e se prepara para expandir a operação para derrotar Gaza", afirmou Katz.
Em comunicado, o Exército israelense disse que terroristas do Hamas que haviam “instalado meios de coleta de inteligência” e dispositivos explosivos estavam operando perto do prédio e “o usaram durante toda a guerra para planejar e promover ataques terroristas contra as forças das IDF.”
Mais cedo, Israel havia afirmado que intensificaria os ataques aéreos contra Gaza nesta segunda-feira em um “furacão poderoso”, servindo como último aviso ao Hamas de que destruirá o enclave, a menos que os combatentes aceitem a exigência de libertar todos os reféns e se render.
Arranha-céu no centro da Cidade de Gaza é envolto em fumaça e chamas ao ser bombardeado por Israel e momentos antes de cair em 8 de setembro de 2025.
REUTERS/Dawoud Abu Alkas
Moradores disseram que as forças israelenses bombardearam a Cidade de Gaza pelo ar e explodiram veículos blindados antigos em suas ruas. O Hamas afirmou que estava analisando a mais recente proposta de cessar-fogo dos EUA, entregue no domingo (8) com um alerta do presidente Donald Trump de que essa era a “última chance” do grupo terrorista.
A guerra começou com um ataque de combatentes liderados pelo Hamas no sul de Israel em 2023. Os atacantes mataram 1.200 pessoas, segundo números israelenses, e levaram mais de 250 reféns para Gaza. A maioria dos reféns foi libertada em cessar-fogos em novembro de 2023 e entre janeiro e março de 2025, mas o grupo manteve outros como moeda de troca.
A ofensiva israelense reduziu grande parte do enclave a escombros e causou uma catástrofe humanitária. Mais de 64.000 palestinos foram confirmados mortos, segundo autoridades de saúde em Gaza.