Netanyahu ordena governo israelense a negociar fim da guerra, mas autoriza novos ataques em Gaza
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou ao governo israelense negocie o fim do conflito em Gaza. Mas também deu sinal verde para novos ataques.
O premiê fez uma reunião com comandantes para discutir e aprovar os planos militares de captura da Cidade de Gaza.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ordenou ao governo israelense negocie o fim do conflito em Gaza
Jornal Nacional
Ao mesmo tempo — acrescentou — dei instruções para o início imediato de negociações para a libertação de todos os nossos reféns e para acabar com a guerra sob condições aceitáveis para Israel.
Foi o primeiro comentário de Netanyahu a uma proposta de cessar-fogo apresentada pelo Egito e pelo Catar. O texto prevê 60 dias de trégua e a libertação, nesse período, de 10 reféns vivos.
O governo israelense quer a libertação de todos os 50 sequestrados pelo grupo terrorista Hamas, vivos ou mortos, que ainda estão em Gaza.
As Forças Armadas de Israel instruíram hospitais e ONGs a prepararem a retirada de civis da Cidade de Gaza.
Na quarta-feira (20), o Exército começou a primeira fase da ocupação. As tropas tomaram o controle de áreas vizinhas à cidade. Nesta quinta-feira (21), mais nuvens de fumaça cobriam a região. Milhares de palestinos voltaram a empacotar o pouco que ainda têm.
“O que está me fazendo ir embora é a fome, o cerco, os bombardeios a noite toda…”, contou um homem.
Em Genebra, o chefe da agência da ONU que dá assistência aos palestinos alertou que muitos não vão ter forças para suportar um novo deslocamento.
De acordo com Philippe Lazzarini, desde março, o número de crianças gravemente desnutridas na Cidade de Gaza aumentou seis vezes.
Segundo o governo israelense, nas últimas 24 horas, 250 caminhões com ajuda humanitária entraram em Gaza. Isso é metade da média diária antes da guerra.