Obra parada do Hospital Regional de Juiz de Fora, foto de arquivo
TV Integração/Reprodução
O novo Hospital de Pronto-Socorro de Juiz de Fora (HPS) será construído no terreno onde era erguido o Hospital Regional, no Bairro São Dimas.
Conforme a Prefeitura de Juiz de Fora, após uma nova audiência realizada nesta quarta-feira (3), Executivo Municipal e Governo de Minas firmaram um convênio para a elaboração do projeto executivo e dos estudos de viabilidade técnica da construção da nova unidade de saúde.
Ainda não se sabe se a estrutura inacabada será aproveitada ou demolida.
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A estimativa é que R$ 300 milhões sejam repassados pelo Governo mineiro à Prefeitura, que ficará responsável pela elaboração dos projetos. A previsão para o início dos trabalhos não foi informada.
“Ainda estamos longe de começar a construção, mas avançamos, porque vocês se lembram, houve até um grande alarido, um grande barulho, relativo até a demolição daquelas estruturas que estão lá intituladas do Hospital Regional e que foram consideradas, em algum momento, pelo Estado como estruturas imprestáveis" comentou a prefeita Margarida Salomão.
A possibilidade de novo endereço para o HPS já vinha sendo discutida desde junho, quando outra audiência foi realizada entre as partes.
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Hospital Regional de Juiz de Fora, foto de arquivo
TV Integração/Reprodução
Início da obra (2010)
A construção foi iniciada pela Prefeitura de Juiz de Fora, com recursos financeiros repassados pelo Governo do Estado de Minas Gerais.
Paralisação (2017)
As obras foram totalmente interrompidas após o Governo de Minas, sob a gestão de Fernando Pimentel (PT), declarar que não havia mais recursos disponíveis para o projeto.
Prestação de contas rejeitada
O Estado rejeitou a prestação de contas apresentada pelo município e apontou irregularidades na execução da obra.
Acordo entre município e Estado (2022)
Cinco anos depois, um acordo foi firmado entre a Prefeitura e o Governo de Minas, com mediação do MPMG.
Na ocasião, a Prefeitura transferiu ao Estado a posse dos terrenos vinculados à futura unidade de saúde, para quitar a dívida relacionada à construção.
Rompimento do acordo (2024)
O Governo de Minas rompeu o acordo, retomou a cobrança da dívida e bloqueou novos repasses de recursos da Saúde para Juiz de Fora.
Ação do Ministério Público
Diante da situação, o MPMG ingressou com uma Ação Civil Pública para garantir a conclusão das obras e o repasse dos recursos necessários para o custeio da unidade.
Justificativa do Estado
O Governo de Minas alegou que a retomada da obra seria inviável e onerosa.
O Ministério Público, por sua vez, considerou que essa decisão foi baseada em análises superficiais.
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