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Suspeito de esquartejar namorada em Porto Alegre já tinha sido preso por matar e concretar corpo da mãe


Polícia prende suspeito de esquartejar namorada

A Polícia Civil gaúcha prendeu o suspeito de ter esquartejado a namorada.

Ricardo Jardim estava em uma pousada na Zona Norte da cidade. A polícia afirma que ele é o homem de boné, luvas e máscara que deixou uma mala com pedaços do corpo de uma mulher no guarda-volumes da rodoviária, em 20 de agosto. Cerca de duas semanas depois, funcionários decidiram abrir a mala por causa do mau cheiro.

Depois de analisarem as imagens da rodoviária, os agentes ampliaram a busca para seguir o paradeiro do homem e acharam o instante exato em que Ricardo mostrou o rosto ao fazer uma compra em um supermercado. Com o resultado do teste de DNA, a perícia descobriu que as partes do corpo na mala eram da mesma pessoa que teve braços e pernas achados dias antes em sacolas de lixo da Zona Leste da cidade.

“Nas primeiras partes do corpo que foram encontradas, que eram os membros, ele tirou os dedos, para que houvesse a dificuldade de qualquer identificação digital. E ainda dentro deste contexto, ele deixou para descartar a cabeça por último”, diz Heraldo Chaves Guerreiro, chefe de Polícia do RS.

“Essa mulher é gaúcha, tinha um relacionamento com ele. Está muito claro no que os polícias observaram que ele tinha intenção de tirar dinheiro dessa mulher e usar esse dinheiro, pegar suas questões econômicas. Tentou realizar saques, etc. com cartões dela”, afirma Mário Souza, delegado da Polícia Civil do RS.

Ricardo tem 66 anos e já havia sido condenado, em 2018, por um outro crime brutal em Porto Alegre. Ele respondeu por ter assassinado a mãe e concretado o corpo no apartamento onde ela morava. A pena foi de 28 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado, ocultação de cadáver e posse de arma. Em janeiro de 2024, Ricardo passou para o regime semiaberto. Desde fevereiro de 2025, estava foragido por descumprir medidas cautelares.

A polícia investiga, agora, a suspeita de Ricardo ter criado perfis falsos nas redes sociais para manter contato com outras mulheres.

“Vou representar pela quebra dos dados telemáticos e, a partir daí, conseguir extrair os dados dos aparelhos eletrônicos dele e nos aprofundarmos nessa questão do uso das redes sociais para manter contato e atrair outras mulheres”, diz André Luiz Freitas, delegado, Polícia Civil.

O Jornal Nacional não conseguiu contato com a defesa do suspeito.

Suspeito de esquartejar namorada em Porto Alegre já tinha sido preso por matar e concentrar corpo da mãe

Reprodução/TV Globo

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