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Terremoto no Afeganistão mata mais de 800 pessoas e fere quase 3 mil


Terremoto mata mais de 800 pessoas no Afeganistão

Um terremoto no Afeganistão deixou mais de 800 mortos e 2,8 mil feridos.

De novo o Afeganistão sofreu um terremoto devastador – o que tem sido frequente nos últimos três anos. Dessa vez, teve um detalhe importante: o tremor foi de magnitude 6, mas o epicentro, só a 8 km de profundidade. Quando é assim, as ondas sísmicas não se deslocam tanto e chegam à superfície com muita energia, causando um estrago maior.

O terremoto destruiu aldeias inteiras. Na região mais atingida, muitas casas são de argila e pedra. Desmoronaram. O Ahmad perdeu dois irmãos. O Hekmatullah disse: “Era meia-noite quando o terremoto começou e nos sacudiu violentamente”. Uma tia, cinco sobrinhos e duas sobrinhas dele morreram.

Terremoto no Afeganistão mata mais de 800 pessoas e fere quase 3 mil

Jornal Nacional/ Reprodução

Soldados e moradores trabalham juntos para transportar os feridos para cidades maiores, com hospitais bem equipados. O epicentro foi na província de Kunar, no leste do país. Moradores da capital, Cabul, a 150 km do epicentro, e até da capital do Paquistão, Islamabad, a 300 km, também sentiram o tremor.

O Talibã pediu ajuda a organizações internacionais. O grupo extremista retomou o controle do Afeganistão em agosto de 2021, depois da saída desastrosa das tropas americanas. De lá para cá, houve uma queda considerável no envio de ajuda internacional ao Afeganistão. A ONU disse que o país enfrenta múltiplas crises e se solidarizou com a população local por mais essa tragédia. A União Europeia e países como Japão, Índia e Paquistão também deram apoio.

Terremoto no Afeganistão mata mais de 800 pessoas e fere quase 3 mil

Jornal Nacional/ Reprodução

Localizado em um território com falhas geológicas, o Afeganistão é suscetível a terremotos fortes. Dois anos atrás, uma série de tremores matou mais de mil pessoas. Dessa vez, o terremoto foi em uma área montanhosa, de difícil acesso. Para piorar, caiu um temporal na região nos últimos dois dias. Então, tem ainda o risco de deslizamento de terra e de rochas.

O chefe de saúde pública da província de Nangarhar, Aminullah Sharif, definiu a situação como “um grande desastre”. Uma outra autoridade disse que a escala da devastação é inimaginável.

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